sábado, 16 de maio de 2015

Mortes, mortes e mais mortes

Marca registrada de Shonda Rhimes é matar personagens que todos amam, que todos querem. Esta deve ter sido a grande motivação para escrever How To Get Away With Muder. A série trata, como o nome já diz, de assassinatos. Shonda está em casa. E adivinhem só? É maravilhosa!



A série me ganhou logo na primeira cena. Sou um grande fã de histórias que começam de trás para frente. Acho esse recurso uma delicinha. É agoniante, instigante e te prende a cada minuto, pois você precisa saber o que levou àquilo. Sabíamos onde os próximos episódios nos levariam e, ainda assim, ainda havia um milhão de perguntas a serem respondidas.

Wes, Connor, Laurel, Michaela e Asher não tinham ideia de onde estavam se metendo. O que deveria ser uma grande vantagem sobre a turma de direito, acabou se tornando o maior pesadelo dos aspirantes a advogados. Para quem queria notas altas e se formar com louvor, não puderam estudar tanto assim no semestre com tantas reviravoltas. E a gente aqui, assistindo de camarote com pipoca bem quentinha toda a desgraça que se abateu sobre a vida dessa gente. Bom, né? RS

Uma coisa que me chamou muita atenção na série é a mistura de personalidades. Ninguém parece com ninguém. Nenhum deles quer a mesma coisa (talvez o troféu, inicialmente. Mas só!). Entretanto, eles são obrigados a unir as tão distintas personalidades por um objetivo em comum: “to get away with muder” (sair impune de um assassinato).


Quando falo em personalidades, não me levem a mal. Não me refiro apenas aos jovens. O restante do elenco é tão interessante quanto (talvez até mais). Frank, Bonnie, Sam e Annalise são personagens com uma carga dramática enorme e muito bem elaborada. Cheios de segredos, são os pilares que mantém a série pra cima. Quando você pensa que tudo se concentra nos jovens estudantes, BAM! Descobrimos que eles não são nada sem esse quarteto (que virou um trio...).

Caso solucionado. Sabemos quem matou quem. Acabou, certo? Errado! Quando a gente menos espera, um novo grande mistério surge e... acaba. Até a segunda temporada, pessoal.


Annalise Keating


Como não tirar o chapéu e aplaudir um milhão de vezes Viola Davis? Que atriz! Que mulher! Annalise não é um personagem fácil de dar vida. Mas ela fez com maestria. Forte, durona, profissional e... humana, Annalise é, sem dúvida, o personagem mais complexo da série. Uma mulher que vive extremos e ainda assim mantém sua pose todos os dias. Uau! Está de parabéns. Não que muitas mulheres não o façam. Fazem e fazem muito bem. Também merecem palmas. Mas Annalise...

Me lembro que a cena dela que mais me marcou foi quando ela começou a descobrir os primeiros fatos que levaram ao assassinato de Sam e, dentro do quarto, ela desmonta cada elemento de sua faceta de ferro. Seu cabelo impecável vai para a penteadeira. Sua pele perfeita muda com a retirada da maquiagem. Sua pose intocável cai com os olhos tristes de uma mulher que sofre, como qualquer outra. Que cena! Realmente me atraiu e me fez sentir sua dor, seus medos, sua fraqueza.


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