sexta-feira, 5 de junho de 2015

Vai deixar saudade...

Hoje em dia vemos tantas séries tratando temas de inclusão social, em todos os âmbitos. Mas nenhum deles se igualou a Glee. Nunca antes foi visto um show de TV que mostrou cada adversidade social de forma aprofundada e, ao mesmo tempo, divertida. Muita emoção tomou conta da gente em diversos episódios, mas em cada um deles aprendemos uma lição sobre os chamados “outsiders”. 




Pessoas com deficiência, homossexuais, magros, gordos, estrangeiros, líderes de torcida... todos tinham seu espaço no glee club do McKinley High, o New Directions. Lembro de ver o piloto e nem achar lá essas coisas. Pensei “Ok, um grupo de desajustados se reunindo na escola e aprendendo a gostar uns dos outros”. Só me fez lembrar o Clube dos Cinco (filme que, particularmente, eu amo). Mas fui perseverante e parti para o 1x02. Aí sim! Comecei a me identificar, amar/odiar personagens e não é que levei para a vida? 

Pessoas do mundo inteiro começaram a se identificar e perceber que suas vidas estavam sendo contadas de forma cômica ao longo dos episódios. Logo, a série já chamava atenção da crítica e começava a ganhar renovações de temporadas mais rápido que o elenco aprendia as coreografias. A vida de muita gente mudou diante disso. Para quem tem dúvida, o filme de Glee (sim, as telonas também precisaram abrir espaço para o gleeks) mostra depoimento de alguns adolescentes que, assim como os personagens, eram os chamados azarões (underdogs) e aprenderam a impor sua aceitação. Ganharam a confiança que precisaram. Aprenderam que são normais. São humanos.

Tantas reviravoltas aconteceram. Ganhos, perdas... que elenco! Vimos a líder de torcida, namorada do quarterback, engravidar de outro homem; vimos uma triste e rejeitada garota que vivia em seu próprio mundo conquistar a Broadway; vimos a melhor vilã se tornar vice-presidente dos EUA e virar defensora das práticas artísticas nas escolas; e muito mais histórias. Aliás, Sue foi um amor do início ao fim. Não importa o quão má ela era, não conseguia odiar. Will Schuester ficou no chinelo. O casamento entre Sue e Becky foi infinitamente mais interessante que Will com Emma.


Uma lástima que Glee tenha se perdido tanto na quarta para a quinta temporada. Para os fãs, assistir estas temporadas depois do sucesso das três primeiras não foi nada fácil. Algo se perdeu. O elemento principal da série talvez tenha se perdido. Não sabemos. A grande perda de um personagem herói, um ator querido, não ajudou (falaremos melhor sobre isso).

Mas a mão que bate é também a que acaricia. A sexta temporada recuperou tudo que tinha perdido. Talvez a volta do foco para o elenco original tenha trazido o sentimento de nostalgia que precisávamos para voltar a amar Glee e desejar que, numa reviravolta contratual, pudesse ser renovada. Mas não foi... Ok, sem choro. Mesmo as melhores coisas precisam acabar um dia.


Para fechar, as músicas! Quem não amou as versões de Glee para clássicos da Broadway, temas de filmes, singles de divas do pop... Impossível não amar. Ainda ouço, confesso. Aposto que vocês também. A verdade é que sempre ouviremos e, em casos como Don’t Stop Believin, ouviremos quase que esquecendo que a versão original é do Journey, não do cast.


Seja como for, esperamos que as carreiras de cada um deles decole nesta fase pós-Glee e que ainda possam trazer muito entretenimento para nós Gleeks que sempre vamos olhar para eles como se ainda fossem membros do New Directions.

O adeus de Cory Monteith

Ninguém estava preparado. Uma fatalidade, de fato. Dono de uma voz doce, sorriso encantador e o dom de conquistar fãs por onde passava, o ator, infelizmente, nos deixou em 2013, quando cada um dos gleeks perdeu um pedacinho do coração. Mensagens de carinho, dor e muita solidariedade pipocavam nas timelines do elenco e dos sites de notícias da série. O intérprete de Finn Hudson havia falecido.


A morte de Cory abalou todo o elenco e, sem ele, a quinta temporada de Glee desandou, perdeu um pouco do rumo. Era difícil para nós ver a série sem chorar. Imagina só o que o elenco não passou durante as gravações, não é mesmo? Mas lá estávamos nós, fãs, assistindo cada capítulo, cada homenagem, mantendo vivo o sonho de Cory. Lembro que, assim que ele faleceu, a Fox lançou um episódio especial reunindo os melhores vídeos do Cory cantando na série. E na quinta temporada, o quarto episódio (The Quarterback) finalmente deu ao personagem o fim apropriado e a dor pôde ser sentida dentro do universo Glee. Mas, para mim, não existe momento que torne mais imortal sua passagem pela Terra, como o romance com Lea Michelle/Rachel Berry, que é traduzido nos minutos maravilhosos de “Without You”. Dá só uma olhada:


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