quinta-feira, 25 de junho de 2015

Will & Grace

Ah, Nova York! Clássico cenário para uma sitcom de sucesso. Nos anos 90, a cidade deu espaço para conhecermos a louca vida de Will Truman e Grace Adler. Um advogado homossexual e uma design de interiores judia e solteirona vivem as mais divertidas reviravoltas ao lado dos seus hilários amigos Jack McFarland e Karen Walker.  



A série começa tímida, uma sitcom como outra qualquer. Situações engraçadas, texto bem descontraído, apesar de abordar temas polêmicos, tudo como estamos acostumados a ver. Eu notei uma diferença absurda da primeira para a segunda temporada quando a série parece desenvolver sua identidade e, aí sim, se tornar única.

Deu certo! Tanto deu que foram oito anos no ar e, ao meu ver, ainda tinha muito pano para manga. Mas, assim como Friends, souberam a hora de parar enquanto ainda era extremamente atraente aos olhos da crítica. Acho uma estratégia corajosa, pois poderiam ganhar ainda mais dinheiro, mas a imortalidade da série precisa ser preservada. Até hoje ainda vemos (em horários nada regulares) no canal Sony.

Muitas críticas foram feitas a Will & Grace por trazer a temática homossexual como ponto alto do show. Talvez, esta tenha sido a real intenção dos produtores mesmo. Mas se hoje, pleno 2015, ainda é um assunto tabu, imagina só em 1998 quando a série estreou. Ainda assim, o sucesso foi gigante. Diversos prêmios e nomeações estão no currículo da série, inclusive, vale ressaltar, foi uma das primeiras a ter todos os seus quatro astros principais vencedores de algum prêmio. Sim, Will, Grace, Karen e Jack foram personagens de muita sorte para seus intérpretes, Eric McCormack, Debra Messing, Megan Mullally e Sean Hayes.


Tamanho foi o sucesso de Will & Grace que grandes artistas fizeram participações, como Jennifez Lopez, Janet Jackson, Barry Manilow, Elton John, Madonna e, é claro, Cher. Considerada a rainha do universo gay, Cher faz duas participações ao longo da série, sempre ligadas a Jack. Na primeira, ele a confunde com uma Drag Queen. Na segunda, ela aparece para Jack como Deus em um sonho.

Além disso, a evolução de cada um deles é notória e muito bem estruturada. Grace, depois de tantos encontros e desencontros, se casa e, apesar de problemas conjugais como qualquer casal, consegue levar seu casamento adiante, mesmo sendo difícil não viver mais com Will. Will, por sua vez, tem diversos encontros clichês do “mundo gay”, o que, apesar de caricato, acaba sendo engraçado. No fim, conhece também seu príncipe encantado e tem o tão sonhado final feliz. Will tem um filho, Ben, e Grace uma filha, Lila, que, no futuro, se casam. Mas, cá para nós, não há maior evolução que a de Jack e Karen.

Oh, Honey!

Karen Walker – Karen é meu personagem predileto da série. Não tem ninguém como ela. Rica, excêntrica, que sabe viver. Bêbada por oito temporadas inteiras, Karen começa como a esposa entediada do magnata Stan e assistente incompetente de Grace na sua empresa de decoração. A incompetência, é claro, se trata apenas de falta de interesse na vida fracassada de Grace. Karen é inteligentíssima e capaz de realizar qualquer função, se for de seu interesse. Com o passar da série, ela se torna independente e... Não, pera! Ela perde tudo. Sim, Karen Walker fica pobre. Mas, por sorte, volta a viver uma vida de luxo com Jack, que herda uma fortuna. No futuro, Karen ainda tem a mesma aparência depois de tantas cirurgias plásticas. Sua idade sempre foi um mistério e, de acordo com ela mesma, vai viver para sempre, pois esse foi seu acordo com o diabo.


Jack McFarland – É o clichê gay da série. Afeminado, fã de musicais, dramático e sempre exagerado. A mistura clássica para mostrar o lado caricato homossexual que estamos acostumados a ver na TV. Mas, nesse caso, é excelente. Jack é um dos personagens mais engraçados da série. Passa anos tentando achar uma profissão. Já fez de tudo. A maior surpresa mesmo é quando conhecemos Elliot, seu filho. Sim, filho! Ok que por inseminação, mas ainda assim. Jack abraça a oportunidade e passa a conviver mais com sua cria. Situações muito engraçadas saíram desta relação. Nenhum relacionamento deu certo para Jack, que se apegava e desapegava de algum novo interesse semana sim, semana não. Por fim,  herda toda a fortuna do Arqui-inimigo de Karen, Beverlie Leslie, e vive ostentando sua fortuna pelo resto de sua vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário