Ah, Nova York! Clássico cenário para
uma sitcom de sucesso. Nos anos 90, a cidade deu espaço para conhecermos a
louca vida de Will Truman e Grace Adler. Um advogado homossexual e uma design
de interiores judia e solteirona vivem as mais divertidas reviravoltas ao lado
dos seus hilários amigos Jack McFarland e Karen Walker.
A série começa tímida, uma sitcom
como outra qualquer. Situações engraçadas, texto bem descontraído, apesar de
abordar temas polêmicos, tudo como estamos acostumados a ver. Eu notei uma
diferença absurda da primeira para a segunda temporada quando a série parece
desenvolver sua identidade e, aí sim, se tornar única.
Deu certo! Tanto deu que foram
oito anos no ar e, ao meu ver, ainda tinha muito pano para manga. Mas, assim
como Friends, souberam a hora de parar enquanto ainda era extremamente atraente
aos olhos da crítica. Acho uma estratégia corajosa, pois poderiam ganhar ainda
mais dinheiro, mas a imortalidade da série precisa ser preservada. Até hoje
ainda vemos (em horários nada regulares) no canal Sony.
Muitas críticas foram feitas a
Will & Grace por trazer a temática homossexual como ponto alto do show.
Talvez, esta tenha sido a real intenção dos produtores mesmo. Mas se hoje,
pleno 2015, ainda é um assunto tabu, imagina só em 1998 quando a série estreou.
Ainda assim, o sucesso foi gigante. Diversos prêmios e nomeações estão no
currículo da série, inclusive, vale ressaltar, foi uma das primeiras a ter
todos os seus quatro astros principais vencedores de algum prêmio. Sim, Will,
Grace, Karen e Jack foram personagens de muita sorte para seus intérpretes, Eric
McCormack, Debra Messing, Megan Mullally e Sean Hayes.
Tamanho foi o sucesso de Will
& Grace que grandes artistas fizeram participações, como Jennifez Lopez,
Janet Jackson, Barry Manilow, Elton John, Madonna e, é claro, Cher. Considerada
a rainha do universo gay, Cher faz duas participações ao longo da série, sempre
ligadas a Jack. Na primeira, ele a confunde com uma Drag Queen. Na segunda, ela
aparece para Jack como Deus em um sonho.
Além disso, a evolução de cada um
deles é notória e muito bem estruturada. Grace, depois de tantos encontros e
desencontros, se casa e, apesar de problemas conjugais como qualquer casal,
consegue levar seu casamento adiante, mesmo sendo difícil não viver mais com
Will. Will, por sua vez, tem diversos encontros clichês do “mundo gay”, o que,
apesar de caricato, acaba sendo engraçado. No fim, conhece também seu príncipe
encantado e tem o tão sonhado final feliz. Will tem um filho, Ben, e Grace uma
filha, Lila, que, no futuro, se casam. Mas, cá para nós, não há maior evolução
que a de Jack e Karen.
Oh, Honey!
Karen Walker – Karen é meu
personagem predileto da série. Não tem ninguém como ela. Rica, excêntrica, que
sabe viver. Bêbada por oito temporadas inteiras, Karen começa como a esposa
entediada do magnata Stan e assistente incompetente de Grace na sua empresa de
decoração. A incompetência, é claro, se trata apenas de falta de interesse na
vida fracassada de Grace. Karen é inteligentíssima e capaz de realizar qualquer
função, se for de seu interesse. Com o passar da série, ela se torna
independente e... Não, pera! Ela perde tudo. Sim, Karen Walker fica pobre. Mas,
por sorte, volta a viver uma vida de luxo com Jack, que herda uma fortuna. No
futuro, Karen ainda tem a mesma aparência depois de tantas cirurgias plásticas.
Sua idade sempre foi um mistério e, de acordo com ela mesma, vai viver para
sempre, pois esse foi seu acordo com o diabo.
Jack McFarland – É o clichê gay
da série. Afeminado, fã de musicais, dramático e sempre exagerado. A mistura
clássica para mostrar o lado caricato homossexual que estamos acostumados a ver
na TV. Mas, nesse caso, é excelente. Jack é um dos personagens mais engraçados
da série. Passa anos tentando achar uma profissão. Já fez de tudo. A maior
surpresa mesmo é quando conhecemos Elliot, seu filho. Sim, filho! Ok que por
inseminação, mas ainda assim. Jack abraça a oportunidade e passa a conviver
mais com sua cria. Situações muito engraçadas saíram desta relação. Nenhum
relacionamento deu certo para Jack, que se apegava e desapegava de algum novo
interesse semana sim, semana não. Por fim,
herda toda a fortuna do Arqui-inimigo de Karen, Beverlie Leslie, e vive
ostentando sua fortuna pelo resto de sua vida.
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